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terça-feira, 12 de abril de 2011

Deserto...


Na solidão do meu quarto, vagos pensamentos me levaram ao sofrimento, em certos momentos não sabia nem a razão de minha existência. Porque? Porque tudo tem que ser assim? Porque temos que sofrer se a vida é tão maravilhosa? Eram perguntas como essas que fizeram da minha noite uma noite dolorosa.
Acordei ate melhor mais ainda há em minha mente um fio de pensamento dizendo-me que posso mais uma vez sofrer, sofrer por exigir muito de alguém que pode nem ter a intenção de me fazer sofrer, apenas quer viver a vida.
Eu também quero viver a vida só que, ainda não entendo o por que esse meu jeito é diferente de todos, ou será que todos são diferentes de mim?
Continuo confuso,sem nem ao menos saber o que é certo e o que é errado,sem saber se amo ou se sou amado. Como posso estar assim?
O que estou fazendo comigo?
O que estou fazendo da minha vida?
Cadê aquela fortaleza que havia em mim?
Se desfez, quebrou, desmoronou rapidamente....
É sempre assim, quando menos espero isso vem de novo...
Essa onda acaricia meus pés e em seguida domina meu corpo
Me invade a alma
Envolve meu corpo
E me deixa completamente perdido
Sem saber para onde ir
Sem saber o que pensar
Sem saber com quem falar
Sem poder ao menos sonhar...
O amanhã é sempre uma surpresa
Eu preciso do tempo como necessito do meu espírito neste corpo
Mas até quando me vejo vagando por estes vales de solidão?
Penso que tudo vai ficar bem...
Que tudo passa...
Que tenho que VIVER cada segundo como se fosse o último
Que tenho que aceitar essa situação
Que ter felicidade momentanea....
Acalma ...
Relaxa...
Uma explosão de luz, felicidade e paz vem de repente, e se vai ao mesmo tempo
As vezes fica por um breve e precioso tempo
As vezes se instala de uma tal forma que dói
E fica horas, dias ou até meses, quem sabe?
O dia amanhece, e é mais uma surpresa que surge com ele
Não sei o que há de me concederem
Só sei que com vida, novamente sou presenteado
E vejo que o desafio continua
Tento desafiar meu próprio coração
Meu corpo também....
As vezes vejo que chego ao limite...
E que minha fraqueza domina
Sem forças não consigo me encontrar
E apenas deixo a vida me levar
A onda acariciar meu pés novamente
Olho para o infinito
E de repente tudo me acalma e tranqüiliza
Escuto o barulho do mar
E minhas mágoas, tristezas, e lamentações se vão de repente
Fico dominado pela vida
E nesse momento queria ali, ao meu lado a felicidade
Queria falar da paz que me dominara naquele instante feliz
Ou até mesmo coisas que o tempo me ensinou nesta vida
Mas vejo que estou só
Que não há ninguém comigo, além de noites solitarias.
E assim continuo seguindo
Um dia após o outro
Olho para o nada e vejo tudo
Consigo enxergar esse enorme vazio que há no meu ser
Até quando?

Valterson Machado...

valtersonmachado@hotmail.com

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Se me disseres que me amas, acreditarei. Mas se escreveres que me amas, acreditarei mais ainda.
Se falares da tua saudade, entenderei. Mas se escreveres sobre ela, eu a sentirei junto contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares, eu saberei. Mas se descreveres num papel, o seu peso será menor.

E assim são as palavras escritas: Possuem um magnetismo especial, libertam, acalentam, invocam emoções.
Elas possuem a capacidade de em poucos minutos, cruzar mares, saltar montanhas, atravessar desertos intocáveis.

Muitas vezes infelizmente, perde-se o autor, mas a mensagem sobrevive ao tempo, atravessando séculos e gerações.
Elas marcam um momento que será eternamente revivido por todos aqueles que à lerem.
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Ate a proxima...